Energia para a vida
Um dos principais fatores limitantes a vida dos seres vivos é a obtenção de energia para as suas atividades. De acordo com a teoria heterotrófica, os primeiros seres vivos seriam procariontes heterotróficos vivendo num meio aquático, de onde retirariam nutrientes, formados na atmosfera e acumulados nos lagos e oceanos primitivos.
Devido á sua grande simplicidade, estes seres utilizariam processos igualmente rudimentares para retirar energia dessas moléculas de que se alimentavam. Esse mecanismo seria semelhante à fermentação realizada ainda por muitos organismos atuais.
Há mais de 2 bilhões de anos, surgiram os primeiros organismos autotróficos, procariontes capazes de produzir o seu próprio alimento através da fotossíntese.
Este processo revolucionário, além de permitir a sobrevivência dos
autotróficos, também serviu aos heterotróficos, que passaram a
alimentar-se deles.
A
fotossíntese levou á acumulação de oxigênio na atmosfera terrestre,
permitindo a algumas linhagens de procariontes tirar partido do poder
oxidante dessa molécula para retirar muito mais energia dos nutrientes,
através da respiração.
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Os organismos retiram energia das mais diversas moléculas orgânicas (açucares, aminoácidos, ácidos graxos, etc.), mas a glicose é a mais freqüente, tanto na fermentação como na respiração. Para a fermentação ou respiração os organismos heterotróficos obtém a glicose se alimentado dos únicos que produzem glicose, os organismos autotróficos fotossintetizantes.
Atualmente, apenas algumas bactérias e fungos utilizam o processo de fermentação para obter energia.
Todos os outros organismos, sejam autótrofos (algas e plantas) ou
heterótrofos (algumas bactérias, fungos e protozoários e animais), se
utilizam da respiração aeróbica, um processo de obtenção de energia muito mais eficiente do que a fermentação.
A glicose e o metabolismo
Como já vimos, nos seres vivos o combustível mais utilizado é a glicose,
substância altamente energética cuja quebra no interior das células
libera a energia armazenada nas ligações químicas e produz resíduos,
entre eles gás carbônico e água.
A energia liberada é utilizada na execução de atividades metabólicas: síntese de diversas substâncias, eliminação de resíduos tóxicos produzidos pelas células, geração de atividade elétrica nas células nervosas, circulação do sangue etc.
A energia liberada é utilizada na execução de atividades metabólicas: síntese de diversas substâncias, eliminação de resíduos tóxicos produzidos pelas células, geração de atividade elétrica nas células nervosas, circulação do sangue etc.
O conjunto de reações
químicas e de transformações de energia, incluindo a síntese
(anabolismo) e a degradação de moléculas (catabolismo), constituí o
metabolismo.
Toda vez que o metabolismo servir para a construção de novas moléculas que tenha uma finalidade biológica , falamos em anabolismo.
Por exemplo: a realização de exercícios que conduzem a um aumento da
massa muscular de uma pessoa envolve a síntese de proteínas nas células
musculares.
Por outro lado, a decomposição de
substâncias, que ocorre, por exemplo, no processo de respiração
celular, com a liberação de energia para a realização das atividades
celulares, constituí uma modalidade de metabolismo conhecida como catabolismo.
Associe anabolismo a síntese e catabolismo a decomposição de substâncias. De modo geral essas duas modalidades ocorrem juntas.
Durante o catabolismo, que ocorre nos processos
energéticos, por exemplo, a energia liberada em decorrência da
utilização dos combustíveis biológicos poderá ser canalizada para as
reações de síntese de outras substâncias, que ocorre no anabolismo.
Energia sob a forma de ATP
Cada vez que ocorre a desmontagem da molécula de
glicose, a energia não é simplesmente liberada para o meio. A energia é
transferida para outras moléculas (chamadas de ATP - Adenosina Trifosfato),
que servirão de reservatórios temporários de energia, “bateriazinhas”
que poderão liberar “pílulas” de energia nos locais onde estiverem.
No citoplasma das células é comum a existência de uma substância solúvel conhecida como adenosina difosfato, ADP. É comum também a existência de radicais solúveis livres de fosfato inorgânico (que vamos simbolizar por Pi), ânions monovalentes do ácido orto-fosfórico. Cada vez que ocorre a liberção de energia na respiração aeróbica, essa energia liga o fosfato inorgânico (Pi) ao ADP, gerando ATP. Como o ATP também é solúvel ele se difunde por toda a célula.
No citoplasma das células é comum a existência de uma substância solúvel conhecida como adenosina difosfato, ADP. É comum também a existência de radicais solúveis livres de fosfato inorgânico (que vamos simbolizar por Pi), ânions monovalentes do ácido orto-fosfórico. Cada vez que ocorre a liberção de energia na respiração aeróbica, essa energia liga o fosfato inorgânico (Pi) ao ADP, gerando ATP. Como o ATP também é solúvel ele se difunde por toda a célula.
A ligação do ADP com o fosfato é reversível. Então, toda vez que é necessário energia para a realização de qualquer trabalho na célula, ocorre a conversão de algumas moléculas de ATP em ADP + Pi e a energia liberada é utilizada pela célula. A recarga dos ADP ocorre toda vez que há liberação
de energia na desmontagem da glicose, o que ocorre na respiração aeróbia ou na fermentação.
Assim, cada vez que o terceiro fosfato se desliga do conjunto, ocorre a
liberação de energia que o mantinha unido ao ATP. É esta energia que é
utilizada quando andamos, falamos, pensamos ou realizamos qualquer
trabalho celular.
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